Plenária de Matriz Africana realizada em Brasília elege seus Delegados

Colaboração: Ana Paula Santos / Reporter Portal ÁfricasBrasília – Com o tema Democracia e Desenvolvimento sem Racismo: Por um Brasil Afirmativo á III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial está mobilizando gestores públicos federais, estaduais, municipais, lideranças comunitárias e sociedade civil para proporem políticas de desenvolvimento direcionadas as populações afrodescendentes no país. A Plenária Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana foi realizada nos dias 4 e 5 de julho, no centro de convenções do Carlton Hotel, no setor hoteleiro sul de Brasília, Distrito Federal.

A finalidade desta plenária nacional foi reunir os povos tradicionais em grupos de trabalhos-GT ’S e elencarem pontos importantes a serem apresentados no documento da III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial – CONAPIR que será realizada de 05 a 07 de novembro deste ano na Capital Federal Brasileira. Estratégia para desenvolvimento e enfretamento ao racismo, políticas da igualdade racial: avanços e desafios foram alguns dos temas discutidos pelos grupos composto pelas comunidades de povos tradicionais de Matrizes Africanas.

A mesa de abertura foi composta pela ministra de estado chefe da Secretaria de Políticas Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Luiza Bairros, Secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Minc, Márcia Helena Rollemberg, Secretário de Promoção da Igualdade Racial de Brasília, Viridiano Custódio de Brito e representantes de comunidades afro-religiosas, como Makota Valdina Pinto. A professora, Silvany Euclênio, Secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais da SEPPIR destacou o momento de maturidade destes povos, em se reconhecerem como atores políticos importantes no processo de construção deste trabalho, ela também falou sobre a atuação da ouvidoria da SEPPIR, coordenado por Carlos Alberto de Souza e Silva Junior referente ao acompanhamento das situações de violência que tem afetado estas comunidades devido ao preconceito racial.

Taata Kwa Nkisi Katuvanjesi e a lenda viva Makota Valdina Pinto

 

Segundo Taata Kwa Nkisi Katuvanjesi – Walmir Damasceno, dirigente tradicional do Nzo Tumbansi Tua Nzaambi Ngana Kavungu (Itapecerica da Serra/SP), da nação Congo-Angola, que teve participação ativa e foi eleito Delegado entre os demais representantes do Estado de São Paulo para a III Conapir, este é um momento importante de instrumentalização das comunidades tradicionais, pois fortalece o diálogo entre estes povos, esferas públicas, e colabora no combate ao racismo institucional.

Já Marta Almeida (PE), representante do Fórum nacional de segurança alimentar dos povos de Matiz Africana, disse que as principais preocupações dos membros do seu grupo de trabalho são o plano de desenvolvimento sustentável, o monitoramento da lei que protege as comunidades tradicionais, como tem sido a representação destas comunidades na mídia e o monitoramento do SINAPIR- Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial.

Por fim, no encerramento dos trabalhos da plenária nacional foi realizada uma votação de itens importantes que vão compor o documento apresentado na III CONAPIR e a eleição dos delegados (as) que irão representar suas comunidades na conferência, e entre os eleitos, destacamos alguns nomes do Estado de São Paulo, Taata Kwa Nkisi Katuvanjesi – Walmir Damasceno, do Ilabantu (SP), Koota Mulanji – Regina Nogueira, Juliana Kitanji Goulart Nogueira (Mona Bantu), Cosme Felix (OEAB, Tribuna Afro Brasileira), Taata Bony de Kafunjê, e outros.