Terreiro bantu paulista resiste em manter suas tradições na grande Selva de Pedras

Este será tema a ser dissertado pelo Taata Kwa Nkisi Katuvanjesi no V Seminário de Educação das Relações Etnicorraciais Afro-Brasileiras, promovido pelo Nucleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal do Espirito Santo, de 28 a 30 de novembro, na capital capixaba, Vitória, conforme programação divulgada pela coordenação do evento. O Sacerdote e líder do Nzo Tumbansi, desembarcará em Vitória, capital do Estado do Espirito Santo no dia 27 de novembro e será recebido pela ex-vice reitora da UFES, professora doutora Cida S.C. Barreto e aproveitará a oportunidade para fazer uma visita de cortesia em algumas comunidades tradicionais de povos de terreiros bantu, a exemplo do Nzo Luango, da Mam`etu Kwa Nkisi Anajete, localizado em Cariacica, cidade da grande Vitória.

Dia 28 de Novembro

09h às 14h – Credenciamento no Teatro Universitário da UFES
14h – Reinstalação do Fórum de Educação Etnicorracial
15 às 17h- Mini-curso: O Ensino das Literaturas Africanas em Português face à Lei 10639/2003: insularidade,Negação, Identidade e Diáspora
17h – Apresentação de Grupos de Culturais
18h – Coffee break / Lançamento de Publicações
19h – Cerimônia de Abertura
Conferência: Drª Luciana de Barros Jaccoud – Socióloga e doutora em Sociologia pela Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais (EHESS -Paris).

Dia 29 de Novembro

Manhã

Auditório do Centro de Educação – CE
09 às 10h – Mostra de Vídeo/ Apresentações Culturais
10h – Mesa 01: Africanidades e afrodescendência, contribuições no campo da Educação
Profº Dr. Henrique Cunha – IFC/CE Professora Drª Maria Aparecida Santos Correa Barreto- UFES/ES
Debatedora: Profª Drª Nelma Gomes Monteiro

Auditório do Centro de Ciências Exatas – CCE
10h – Mesa 02: Formação, extensão e saberes tradicionais
Profº Dr. José Jorge de Carvalho – UNB/ Professor Dr. Osvaldo Martins Oliveira- UFES/ES
Debatedor: Profº Drº Sandro José da Silva

Tarde

Salas do Centro de Educação
14 às 17h – Oficinas e Mini-Cursos
Mini- cursos Aprovados(até o momento):
– Ação Afirmativa: Inclusão da Diversidade Étnica-Racial
Sérgio Pereira dos Santos (NEAB/UFES)
– Gênero, Educação e Relações Étnico-Raciais
Vanda Souza Lima (NEAB/UFES e PMV)
– O Ensino de História da África e da História e Cultura Afro-Brasileira
Amauri Mendes Pereira (UCAM-RJ)
– Afro Arte e Matemática.
Henrique Cunha Junior (UFC)
– Altas Habilidades, Educação e Relações raciais
Carly Cruz (NEAB/UFES)
– Sementes Crioulas: Práticas Tradicionais
Olindina serafim
– Raiz Forte (Questões sobre a estética afro-brasileira)
Charlene Bicalho
– Lei 10.639/03 e educação básica: a docência e as relações étnico-raciais.
Tarcisio Glauco e Maria das Dores S. Silva
-Metodologias de Pesquisa para Estudos em Educação das Relações Raciais
Prof.ª Patricia Rufino

Dia 30 de Novembro

Manhã

Auditório do CCE
09 às 11h – Mesa 01: Políticas Públicas e Ações Afirmativas
Profº Dr. Hélio Santos- Fundação Visconde de Cairu- BA
Profº Dr. Marcelo Henrique Romano Tragtenberg- UFSC
Debatedor: Profº Ms. Sérgio Pereira dos Santos

Auditório do Centro de Educação IC – IV
09 às 11h – Mesa 02: Gênero, Educação, Religiões Afro-Brasileiras
Profª Drª Cleyde Rodrigues Amorim (UFES) Profª Drª Iolanda Oliveira (UFF)
Debatedora: Profª Ms. Patrícia Gomes Rufino Andrade

Tarde

Comunicações (Conforme Inscrições)

14h às 17h

Eixos Temáticos:

1- Projetos Educativos: Conteúdos/Deslocamentos da Lei 10.639/03 para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana em Sala Aula:
Coordenadora: Patrícia Rufino* (NEAB /UFES)
Propõe agregar práticas/pesquisas relativas ao currículo, inserindo a lei 10.639/03 no cotidiano e que abordem a temática de educação etnicorracial, desenvolvidas em contextos escolares e não escolares.

2- Reflexões e Possibilidades para Mobilização Social:
Coordenação: Fórum de Educação Etnicorracial

3- Religiões de Matriz Africana e Afro-Brasileiras:
Coordenador: Edebrande Cavalieri (UFES)

4- Artes e corporeidade nas culturas de Matriz Africana e Afro-Brasileira:
Coordenadora: Aissa Guimarães (UFES)

5- Educação na Perspectiva da Ancestralidade Africana:
Coordenador: Henrique Cunha (UFC)

6- Pós- colonialismo, Epistemologias e Diáspora:
Coordenação: Adelia Miglievichi

7- História dos Afrodescendentes, e Movimentos Sociais no Brasil:
Coordenador: Sandro José da Silva (NEAB/ UFES)
Sob o rótulo dos Movimentos Sociais, se desenvolveram vários projetos de justiça e Direitos Humanos. Na paisagem contemporânea, os Afrodescendentes buscam desenvolver suas especificidades, a partir de abordagens políticas e epistemológicas que singularizam os espaços de sua participação. Resta compreender em quais circunstâncias isto ocorreu, quais os projetos e quais os efeitos práticos na constituição de um campo político. Este GT propõe discutir uma história dos afrodescendentes a partir do protagonismo de suas organizações culturais, sociais e políticas e avaliar, a partir de estudos das mais diversas áreas e regiões, os avanços no campo dos direitos dos grupos afrodescendentes.

8- Memória e Histórias de Vida, Saberes e Comunidade Tradicionais:
Coordenadores: Cleyde Rodrigues Amorim (NEAB/UFES) e Olindina Serafim (SEADH/ES)
Este GT reunirá pesquisas e vivências sobre memórias e saberes expressos em histórias de vida de pessoas e comunidades tradicionais afro-brasileiras, incluindo estudos que se referem à constituição, manutenção e resgate destas memórias e saberes tradicionais. Busca-se o conhecimento destas experiências e a aplicabilidade ao ensino de historia e cultura africana e afro-brasileira.

9- Educação, Gênero e Etnicidade:
Coordenadora: Vanda Souza Lima (NEAB/UFES e PMV)
A proposta central é discutir a presença, na educação brasileira, das diversidades culturais tornadas como necessidades curriculares.
Conforme Pierre Bordieau[1], para que sejam beneficiados os mais favorecidos e desprotegidos os mais desfavorecidos, é imperioso e suficiente que a escola ignore no conteúdo do ensino transmitido, nos métodos e técnicas de transmissão e nos critérios de julgamento as desigualdades culturais entre as crianças. Para ele, a igualdade formal que regula a prática pedagógica serve, na verdade, de máscara e de justificativa à indiferença para com as desigualdades reais diante do ensino e diante da cultura ensinada ou, mais exatamente, exigida.
Tais idéias mostram a seriedade de se buscarem modos diferenciados de organização da escola e introdução de conteúdos e métodos de ensino que, além de favorecer o conhecimento de outras realidades culturais, presentes em nossa sociedade, promovam a construção de valores assentados em princípios éticos de respeito às diferenças étnico-raciais e de gênero.
Palavras – chave: Gênero – Educação – Relações étnico-raciais.

10- “Das Cotas Sociais às Cotas Raciais”:
coordenadores: Andrea Bayerl Mongim (UFES) e Sérgio Pereira dos Santos (NEAB/UFES)
Neste GT busca-se reunir pesquisadores dedicados à análise do processo de implementação de programas de reserva de vagas em IES públicas, incluindo estudos que se referem ao recente processo de aprovação, pelo STF, da constitucionalidade das cotas raciais, bem como do Projeto de Lei que institui cotas sociais e raciais em Universidades e Institutos Técnicos Federais. Espera-se também contemplar estudos que discutam a relação entre raça e classe no Brasil, evidenciando tensões políticas, acadêmicas e ideológicas que a temática pressupõe