Um “Penso, logo existo” que não tá descendo mais!

* por Ilram Baobá, articulista da Kimwanga Nsangu – Agência de Notícias

Aprendemos cedo no colégio sobre uma corrente de pensamento que aflorou com o Renascimento europeu chamada de antropocentrismo. Baseada numa máxima polarizante de que Deus e Homem seriam numa perspectiva relacional, opositivos, para não dizer distintos. A partir desta visão de mundo muita coisa mudou principalmente a este lugar-pensamento europeu. Se é questão que de um lado ou de outro pendam pesos diferentes, caracterizando uma polarização entre dois extremos, não é sobre isso que estamos abordando. Indiferente de se Deus ou o Homem é mais ou menos importantes em uma escala comparada, o imperativo é de que essa richazinha já deu. Incorporamos isso num falso mito “Religião x Ciência” que pressupõe um distaciamento destas entidades que compõe o existir na compreensão humana das coisas. Não sobre existir um homem sem deus. Mas a possibilidade do homem não entender-se parte deste por se achar numa categoria “dun touch ma stuff, nigga” de tal agencia antropocentrista.

Este narcisismo branco antropocentrico sofisticado tem origens justificadas nas teorias racializadas sobre as diferenças em que cada berço civilizatório irá garantir no tempo às suas dadas civilizações.
Distinção observada na polarização meridiano-setentrional da tese didatica e cirúrgica do Dr Cheik Anta Diop que se aprofunda e exprime solução destilada nos pensamentos contemporâneos de Ramos e, Rashidi, et al africanos e africanas no continente e na diáspora que em breve estarão (se já não estão) no contragosto da academia intelectual como resposta a este seu método cientifico-evolutivo predatório.
As bibliotecas das igrejas e as bases cientificas encontraram o escoamento de suas informações no mundo técnico da internet e das redes virtuais, e sua difusão nas diversas bolhas informacionais contidas neste.

O limite é subjetivo, entre o click, o clack e o browser. Agora tem que ser “penso-existo, logo somos”. É darmos sentido ao o quê toda esta tecnologia é criada e direcionada. Não mais para satisfazer o ego raso humano individualóide que com seu falso acumulo primitivo de capital conseguiu comprar um novo celular. É saber que somos um rede de pessoas que controlam e programam o tempo, o espaço e os meios. Somos mulheres e homens-deuses capazes de codificar e decodificar o mundo.

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