São Paulo/SP – São Paulo, a maior e mais importante capital do país e da América Latina celebrou neste dia 30 de setembro de 2014 o Dia Municipal das Religiões de Matriz Africana, algo pouco provável em outros tempos. Os adeptos, seguidores e fiéis dos cultos afro-brasileiros lotaram o salão nobre que fica no oitavo andar do ostentoso edifício da Câmara Municipal, localizado no centro da Capital Paulista.
Ali reuniram lideres de umbanda e candomblé, povos e comunidades tradicionais de matriz africana da capital e de outras regiões do Estado a fim de celebrar seu dia, consagrado Lei Municipal na cidade e que contou com a presença do Secretário Municipal de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura de São Paulo, Antonio da Silva Pinto, que representou o prefeito Fernando Haddad (PT/SP), entre outras autoridades.
Cida Alessio (Umbanda), Walmir Damasceno (Congo/Angola),
Ìyà Wanda d`Osun (Ketu), entre outras autoridades tradicionais, na cerimônia
de abertura do evento no salão nobre da Câmara Municipal de São Paulo
As Águas de São Paulo, liderado pelo Babalorixá Ofanirê e integrado por renomadas lideranças de povos e comunidades tradicionais de terreiros é fruto de um processo de articulação no combate ao racismo, discriminação racial, preconceito e intolerância religiosa que aflora na maior capital do país, com denuncias de invasão a Terreiros de Umbanda e Candomblé com perseguição sistemática a seus devotos.
Secretário Municipal de Igualdade Racial da Prefeitura de São Paulo,
Antonio da Silva Pinto, esteve no evento prestigiando Walmir Damasceno
Ontem o movimento ganhou adesão e apoio de Taata Nkisi Katuvanjesi – Walmir Damasceno, que ao ser homenageado com uma placa de Embaixador de As Águas de São Paulo 2014 destacou: “A concretude desse objetivo mostra que esse movimento tem um compromisso de zelar por todos e lutar pelo fim das desigualdades raciais e religiosas. Um dos principais compromissos que temos é dar apoio, participar e incorporarmos na luta a fim de buscarmos respeito e garantias de direitos aos povos e comunidades tradicionais de matriz africana”, disse Damasceno, líder do Nzo Tumbansi e coordenador nacional do ILABANTU, que teve sua história de luta tradicional, politica e acadêmica destacada pelo Egbomy Felipe Brito, da coordenadoria de patrimônio e comunidades tradicionais da Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura de São Paulo, que conduziu o cerimonial do evento.
Fotos: Makota Munjikwele – Glayse Damasceno, Ascom/Ilabantu
Pai Aguirre, da União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil
e Bàbà Ofanirê, na entrega da placa que homenageia Walmir Damasceno
Taata Katuvanjesi quando dançava em
homenagem a Kavungu, seu Nkisi tutelar
Taata Katuvanjesi louvando a Kavungu
Walmir Damasceno entoando cântico em homenagem aos povos tradicionais Bantu
Taata Katuvanjesi e a venerável Ìyá Ana d`Ògún
Taata Katuvanjesi – Walmir Damasceno, quando falava
na Câmara Municipal de São Paulo ao ser homenageado
|
Nobre Pai Walmir Damasceno, parabéns pela merecida e justa HOMENAGEM.
Nossos respeitos e considerações.
Mòtùngbà.