Rei Mwana Wuta Kambamba VII receberá Tata Nkisi Katuvanjesi

Rei Mwana Wuta Kambamba

O presidente da Juventude e Amigos Associados do Kuilo-Futa, jurista e professor Alexandre André N’sokumpusu , garantiu hoje (14/8), assim que a situação de COVID-19 restabelecer, esforços serão evidados no sentido de que Tata Nkisi Katuvanjesi(Walmir Damasceno), dirigente tradicional do Terreiro de Candomblé Nzo Tumbansi e coordenador geral do ILABANTU possa visitar o Reino dos Bayaka, onde será recepcionado por sua majestade, o chefe tradicional do Município de Kimbele (província do Uíge) a norte de Angola, Rei Mwana Wuta Kambamba VII.

A história do Reino Bayaka remonta aos nossos antepassados que pertenciam à atual linhagem. Quando os colonialistas portugueses e belgas chegaram a Angola e ao Congo Belga, atual República Democrática do Kongo (RDC), encontraram o reino Bayaka já organizado, na região do Cuólo-Cuango, no bairro Irguiánguia, circunscrição do Mbongui (posto) Kabamba, atual comunidade do Cuango, município do Kimbele e em Kassongo-Lunda, região de Bandundú, da etnia Bayaka, no outro lado do rio Kuango, atual República Democrática do Kongo.
A origem da denominação ou o título do poder tradicional “Mwana Wuta Kambamba” é a seguinte: o chefe Muati Yanvu é o Rei máximo de todos os reinos bantu de origem Lunda-Kola, subdividido em quatro países africanos, nomeadamente, Angola, Gabão, República Democrática do Kongo e Zâmbia.

3 comentários em “Rei Mwana Wuta Kambamba VII receberá Tata Nkisi Katuvanjesi”

  1. História Social Por: Professor Eduardo
    Resumo de António Setas, citando: Jan Vansina, Birmingham, Cuvelier e Felgas.
    5. 1. Das Origens do Reino do Kongo
    Fascinante foi, porém, o remoto desafio para a conservação da hegemonia cultural, segundo retratos no estudo da História Social, doravante, nos remete numa condição de obrigatoriedade fazermos mais, porque, na verdade, os nossos ancestrais deram tremendas réplicas aos interesses culturais lukenistas.
    A falácia histórica, sob a coordenação de Pedro Nsiangengo e equipa revista e aprovada pelo INIDE – Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento da Educação, inserida no plano curricular do Estado angolano, na 6ª classe, página 41, demonstra uma ambiguidade às realidades sociohistóricas e culturais, que denomino de aspectos para a promoção de um genocídio cultural comunitário.
    5. 2. O Assassinato de Nimi-a-Lukeni à Irmã do Pai
    O reino fundado por Nimi a Lukeni, filho de Nimi a Nzima, e de Lukeni dia Nzazi, o pai que se estabeleceu no grande rio Nzadi ya Kwango (grande rio do Kwangu) vendo que a tia estava grávida, o que significava estar de gestação, isto é, estar no seu ventre um futuro rival (o filho da irmã do pai com direito à herança), matou-a brutalmente. O pai repudiou-o e Nimi-a-Lukeni faz uma retirada da região e avança ao Oeste para a conquista de novas terras.
    5. 3. Os Reinos do Kakongo, Loango, Nsoyo, Mpemba, Mbata, Nsundi e Mpangu
    Nessa altura a proposta era de invadir os reinos do Ngoyo, Kakongo, e Loango a Norte do Nzadi ya Kongo – actual rio Záire, a Sul do Nzadi ya Kongo, invadir o reino do Nsoyo, o de Cima e o de Baixo, Mpemba, Mbata, Nsundi e Mpangu.
    5. 4. Reino do Kongo vs Reino do Nsoyo, pelas Diferenças Culturais
    Rei morto, Rei posto, Viva Yobo dia Nvika! Até essa data reinava no Soyo a tradição Solongo de sucessão patrilinear (via paterna ou linhagem da família de pais) e ao herdar o poder do seu irmão, Yobo instaurava a lei do Reino do Kongo, de sucessão matrilinear (via materna ou linhagem da família de mães) segundo «Cuvelier» . Kimpa dia Vita, filho de Ne Zumba legitimo herdeiro segundo a tradição Solongo, revoltou-se, levantando armas e conseguiu derrotar e expulsar o tio do Soyo, que fugiu para o Sul, que atravessou o rio Loge, não se sabe se chegou ao Tabil e ao Mossulu, nunca se ouviu mais falar dele.
    NB: Um problema muito grave de Angola é o de a Educação ser politizada, isto é, não depender dos intelectuais despidos de etnocentrismos, assim, os angolanos estão longe de se conhecerem, em termos de suas origens, mas há um aproveitamento sociopolítico…
    Abração, Fortunato Isaac

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