Na segunda-feira, dia 13 de fevereiro, sincreticamente devotado a Pambu Njila, Bombojira, Kiwá Pambu Njila, Exu (Laroye Exu!) que nos abre os caminhos e de Kavungu, Kingongo, Nsumbu, Omolu, provedor da cura das enfermidades, realizou-se o primeiro encontro do Projeto “Kit Educativo Africano e Afrobrasileiro do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE-USP) em uma perspectiva colaborativa” financiado pelo CNPQ – Chamada CNPq/MCTI/FNDCT nº 39/2022 – Linha 3 – Divulgação científica e educação museal em espaços científicos culturais.
O projeto tem como objetivo produzir um Kit Educativo Africano e Afrobrasileiro por meio do rico acervo salvaguardado no Museu de forma colaborativa com profissionais do Museu Afro Brasil Emanoel Araújo, com o Núcleo de Educação para as Relações Étnico Raciais da Secretaria Municipal de Educação, com o Laboratório de Ensino e Material Didático do Departamento de História da FFLC, H e com o Terreiro de Candomblé da nação kongo Angola, Inzo Tumbansi, de Itapecerica da Serra, e com profissionais da arqueologia, da educação museal e da divulgação científica.
Estamos muito contentes com esse projeto e com a possibilidade de extroverter esse rico acervo para a sociedade. Em breve divulgaremos mais notícias e quem são os membros da equipe.
Dia 11 de março, ocorrerá o 1º Encontro Vivência no Terreiro, a partir das 9h30, no Inzo Tumbansi, em Itapecerica da Serra.
Museu de Arqueologia e Etnologia faz primeira reunião do Kit Africano e Afrobrasileiro
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Feliz com mais esse presente aos povos de matriz africana. Cada passo que caminhamos através de um irmão (ã) para mostrar o qto é rica nossa história,não importa a nação. Aqui em Itacaré no dia 02 de fevereiro de 2023 teve a cerimônia de inauguração da escultura de Iemanjá na praia da Coroinha. Foi muita luta,pouco apoio e descaso até mesmo da maioria do nosso povo de santo. consegui com a ajuda de patrocínio, onde um casal de amigos,pq é assim que considero esse dois clientes que com toda boa vontade me ajudou a realizar meu sonho com esse projeto,que era ter uma referência da nossa religião aqui em Itacaré. Não para me fazer melhor que ninguém,e sim para mostrar a nossa ancestralidade que continuemos lutando para fazer valer tanta dor e sofrimento que passaram. Nzambi o guie sempre pai Tata katuvanjesí,e parabéns a todos que estão participando. Sua benção.
A construção colaborativa do Kit Africano e Afro-brasileiro a partir de peças do acervo do MAE-USP é uma conquista, sobretudo para a população negra. A participação de estudantes negros do Museu e de profissionais negros das outras entidades envolvidas nessa produção colaborativa é indispensável, pois a Universidade muito tem que caminhar rumo a descolonização do saber, a promover políticas de ação afirmativa, e colocar em prática o que se fala sobre antirracismo. A presença de Tata Katuvanseji na equipe colaborativa é um importante passo nesse sentido, pois seu saber sobre nossos ancestrais africanos é imenso, é profundo, é fruto da sabedoria da prática vivenciada no cotidiano e da dedicação, da mente investigativa do profissional Walmir Damasceno. Tata querido!!! Destaco ainda a participação de mais uma integrante do Inzo Tumbansi, Liliane Braga – que alegria poder trabalhar com vc minha irmãzinha.