Viagem histórica do Nganga-Nkisi Taata Katuvanjesi a República de Angola

No dia 18 de janeiro de 2010 entre tantas outras, escreve-se mais uma página histórica do já lendário Taata Katuvanjesi, num esforço da cúpula do Nzo Tumbansi e contando com o apoio da Embaixada da República de Angola no Brasil e do Consulado Geral de Angola em São Paulo, o mesmo embarca no Aeroporto Internacional de São Paulo em Guarulhos, no vôo DT746 da Taag-Linhas Aereas de Angola, com destino a Luanda-Angola, o jornalista Walmir Damasceno, responsável pelo Inzo Tumbansi, estabelecido em Itapecerica da Serra, região metropolitana sul da Grande São Paulo.

Nganga-Nkisi Katuvanjesi ao desembarcar no Aeroporto de Cabinda, República de Angola, áfrica austral

 

Tinha como objetivos principais da viagem, conhecer a terra de seus ancestrais e ver e tentar compreender de maneira mais apurada, os atos religiosos que se praticam em Luanda, Soyo e Cabinda, e que nos foram legados pelos antepassados congoleses, na implantação do Candomblé Congo-Angola raiz Tumbenci.

Aeroporto de Cabinda, República de Angola, áfrica austral

 

Sua chegada ao Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, capital da República de Angola, deu-se no dia 19 de janeiro às 06h00, horário local, 03h00 da madrugada no Brasil, sendo recebido pelo professor doutor Vatomene Kukanda, decano e coordenador da Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto, também diretor geral do Instituto de Linguas Nacionais, e pelo representante da ministra da cultura de Angola, Rosa Cruz, João António e por Bruno Miguel, estudante angolano de informaática que mora em São Paulo.

Nganga-Nkisi Katuvanjesi sendo recepcionado na Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto pelo Decano-Coordenador, professor doutor Vatomene Kukanda, que também é diretor do Instituto de Linguas Nacionais do Ministério da Cultura de Angola

 

Foi recebido e ciceroneado por estas autoridades o que deu à viagem do Nganga um caráter oficial. Após os cumprimentos no Aeroporto da capital angolana, Katuvanjesi rumou para o largo da Maianga, região central de Luanda e em casa de amigos, que são também pesquisadores das religiões tradicionais de Angola ficou hospedado.

Visitas

Um dia após a chegada a capital da República de Angola Katuvanjesi iniciou o seu programa de visitas a pontos turísticos e pitorescos de Luanda, realizando visitas ao Museu da Escravatura, a Universidade Agostinho Neto bem como a Praça que leva o nome do primeiro presidente do país. Praça da Indepedência, centro de Luanda, local onde encontra-se o Monumento ao presidente Agostinho Neto, Katuvanjesi depositou uma coroa de flores; em seguida foi ao mercado Roque Santeiro, a Ilha de Luanda, famosa por suas festas às Kiandas, o Largo da Mutamba, ao histórico bairro Kinaxixi e nesse percurso conheceu várias kimbandeiras da periferia de Luanda, principalmente no Mercado do bairro do Prenda e que em conversas nem sempre informais obteve informações importantes sobre a atividade das mesmas.

Nganga-Nkisi Katuvanjesi em visita ao centro da capital Luanda, República de Angola, ao fundo, o ostentoso prédio do Banco Nacional de Angola, cartão postal da cidade

 

Ainda em Luanda visitou o Largo dos Ministérios e teve audiência com autoridades do Ministério da Cultura, concedeu entrevista a TPA-Televisão Publica de Angola e a Rádio Nacional de Angola por um grupo de jornalistas liderados por Carlos Beqengue, amigo de Katuvanjesi.

Nganga-Nkisi Katuvanjesi concede entrevista ao programa Cá Nós em Angola, da Rádio Nacional, sendo observado pelo jornalista Carlos de Jesus

Ancestralidade

Dia 22 de janeiro Katuvanjesi iniciou sua busca em torno da crença e tradição ancestral partindo do Aeroporto do Internacional 4 de fevereiro, em Luanda, em um vôo comercial no Embraer 120 da companhia aérea AirJet com destino as provincias do Soyo e Cabinda que se deu acompanhado do advogado José Damas, e na ida para Cabinda visitaram a província de Soyo, local de encontro entre os navegadores portugueses no século XVI e os habitantes do antigo reino do Congo. Isso faz de Soyo uma província importante para nós descendentes dos africanos escravizados e trazidos para o Brasil durante os séculos XVI,XVII, XVIII e XIX. Permaneceu em Soyo por dois dias, e depois rumou para Cabinda, ponto principal de sua viagem.

Nganga-Nkisi Katuvanjesi sobreavoando a Serra do Maiombe e Rio Congo em direção a Cabinda

 

Em Cabinda, de onde acreditamos ter vindo a matriz de nosso candomblé, de raiz Tumbenci, Katuvanjesi contatou vários especialistas e estudiosos das religiões tradicionais, e através do historiador João Cláudio do Nascimento Gime, da Delegação de Cultura do Governo de Angola em Cabinda, que a todo tempo acompanhou Katuvanjesi em Cabinda, subiu ao Morro do Tchizo, visitando os Bakama, uma organização secreta que tem como santuário no referido morro, composta por pessoas mascaradas vestidas com folhas secas de bananeira.

Nganga-Nkisi Katuvanjesi no pé do Imbondeiro, árvore sagrada dos Imbindas, os povos de Cabinda

 

Eles são geralmente temidos, em virtude de conterem o poder da magia ancestral. Poucas são as pessoas que ousam em aproximar-se, muito menos quando não convidadas, em funerais de nobres, sonhores ricos da terra, bem como em reuniões destinadas a regular conflitos que afetam os sagrados valores ético-morais e culturais. Neste local Katuvanjesi foi recebido pelo quinto sacerdote tradicional da sociedade, Vicente Manguebele, que em lingua kikongo pronunciou a seguinte frase:“nda kumona, kwendi kuwa ko – ver vale mais do que ouvir”, em seguida assistiu e participou de uma cerimônia tradicional, ao final foi oferecido ao Sacerdote brasileiro um almoço, como de tradição a Kisaka (comida preparada com folhas de mandioca) e vinho de Palma, encerrando a visita.

Katuvanjesi – Walmir Damasceno, quando passava pelos ritos em uma Kuabata (Aldeia) em Cabinda e recebeu o titulo de Nganga-Nkisi confiado pelo Ntoma-Nsi (Sacerdote Tradicional) Alexandre Nleke, no morro do Tchizo, na periferia de Cabinda, Republica de Angola

 

No mesmo bairro, uma localidade simples situada na região centro-sul urbana de Cabinda, cercada por diversas e variadas aldeias, considerado o centro dos Ngangas em Cabinda, Katuvanjesi dirigiu-se ao Ntoma-Nsi(Sacerdote Tradicional) Alexandre Nleke, responsável pelo culto do Nkisi-Nsi, principal da terra, com quem travou estreitas ligações, cumprindo com o mesmo compromisso, tendo sido preparado e criado vinculo religioso tradicional passando por ritos conforme a aldeia e recebendo o titulo de Nganga-Nkisi Katuvanjesi, que lhe conferiu o Sacerdote Alexandre.

Enclausurado na Aldeia, sob os auspicios e condução do Ntoma-Nsi Alexandre Nleke fez questão de transmitir ao Nganga-Nkisi Katuvanjesi os ensinamentos da cultura e das crenças cabindense, notadamente da tradição “ibinda” os ritos e cerimônias de oferendas à terra, aos rios, enfim, aos deuses e antepassados. Segundo o Sacerdote, Katuvanjesi está hoje dotado da competência exclusiva de Nganga-Nkisi(sacerdote tradicional) do Nzo Tumbansi e leva consigo a energia de Mbumba-Luangu e Nlemba, neste momento o Sacerdote foi entrando em estado de incorporação e entregou a Katuvanjesi diversos e variados apetrechos, amuletos e farta quantidade de Pemba e outros pós mágicos preparados ritualisticamente.

O Airbus 747-300 Combi, da Angola Airlines, a bordo o Nganga-Nkisi Katuvanjesi – Walmir Damasceno, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, quando do seu retorno ao Brasil

 

Após o cumprimento de intensa agenda cultural, social e religiosa, Nganga-Nkisi Katuvanjesi retornou ao Brasil. Feliz, desembarcou no inicio de fevereiro no Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos e foi recebido na ala internacional pela Kota Kitamazi Nganga, a médica Eunice Retroz Bernardes e demais membros do Nzo Tumbansi que, alegres e felizes, recepcionou o lider do Nzo Tumbansi.

Cabinda: berço das crenças tradicionais angolanas

Cabinda é também berço de uma cultura vasta e rica. Essa cultura criatalizada na tradição, exprime-se nas crenças, nos usos costumes, caracteriza e determina a atitude dos Cabindas perante a vida e sua maneira de ser e estar no mundo e o seu comportamento ante a natureza e ante o homem.

Local onde são prestadas as homenagens as Kianda e Kissanga na Ilha de Luanda, tradição que se mantém até os dias de hoje

 

Entram na definição dessa cultura os provérbios (“zinongo”) as adivinhas, as fábulas e as lendas, mas também as instituições sociais, as manifestações artísticas e religiosas, as crenças e os valores que concorrem para a identidade e a unidade sociológica dos Cabimdas.

Podemos nomeadamente referir os provérbios, as danças (“mayeye”, “matáfala”, “baiana”, “matshatsha” e “dibondo”), os ritos de “bakama” (de purificação da terra manchada pela má conduta dos homens e de reconciliação destes com o espírito protector do lugar ou do valor despretigiado e de exaltação da sacralidade da terra e da vida), de “nukini bakulu” (“dar de beber” aos antepassados com vista a apaziguá-los e a reconciliá-los com os seus protegidos), de “vunga” (rito fúnebre com qual, imitando os seus ditos e atitudes peculiares, com galhofas e festas, os netos se despedem dos seus avós no seu leito de morte), os ritos de iniciação (“tshikumbi”) que já vão caindo em desuso ou perdendo o seu significado e valor autênticos.

É importante focar também a arte, que no passado, era essencialmente utilitária, estando quase exclusivamente voltada à manufaura de objetos de uso caseiro ou com função religiosa ou mística.
Associados a todos essas manifestações culturais e artística há tmbém os valores, a sua riqueza “espiritual”, aquilo que dá vida, alma e expressão a todos esses fatos, a sua simbologia e o seu contributo para o equilíbrio psíquico psicológico dos Cabindas; as crenças, os usos e costumes, os interditos.
São todos esses valores, símbolos e manifestções que caracterizam e indenntificam o Cabinda e fazem a harmonia r a beleza do seu mundo e da sua existência.

Aliás, o misticismo cabinda é com frequência reconhecido por todos os estudiosos que se debruçaram sobre os modos de vida destas populações, de onde emerge a existência de um conjunto de divindades que povoam e enriquecem a sua concepção espiritualista.

A ligação ao divino ocup aqui um lugar centrl, sendo garntida por uma hierarquia de seres supremos, no topo da qual está Nzambi Mpungu que é o Deus Chefe, aquele de quem se não pode dizer nada maior e de quem amanam outras forças superiores que orientam toda a vida terrena.

O universo religioso dos Cabindas revela-nos, deste modo, a presença de outras divindades secundárias que gerlmentes são invocados sempre que se torna necessária uma maior aproximidade com o Nzambi.

O apelo ao sobrenatural concretiza-se através de um culto íntimo que se manifesta com recurso a rituais e cerimónias – danças, sacrifícios, orações… – onde se exterioriza todo o peso do sagrado e se demonstra o significado da veneração e o respeito pelo transcendente.

Entre todas essas manifestações, assumem um maior colorido e vivcidade as danças, or utilizadas par apelar ao Bunzi, deus da chuva, or pr afstar tudo o que de mal possa acontecer pela infração dos costumes, ora ainda pela necessidade de periodicamente se presentearem os deuses com cerimonias de desagravo, como é a dança dos mascarados, através da qual se procura obter o perdão das ofensas feitas à memória dos falecidos.

Outro dos atrbutos importante do imaginário antropológico do povo Cabinda é o seu culto pelos mortos. A atenção que estes lhe merecem reveste-se de uma invulgar solenidade, tanto pelo modo festivo como todo o comercial do enterro é celebrado, como em toda a mitologia que envolve a morte.

A preocupação de criar uma atmosfera de contentamento que leve o ente falecido a proteger a vida dos que ficam e a nada fazer em seu prejuízo, preenche todos os pormenores que rodeiam a organização do cortejo fúnebre. Tranformado pelo seu parato em autêntica festividade e verdadeiro ato de louvor, assinalando não um fim mas uma passagem, ele significa, acima de tudo, para a sabedoria cabinda, que a vida não termina, apenas ganha novas formas.

Esta convivência com o sobrenatural, que em toda simbologia africana ocupa geralmente um lugar de relevo na regulção dos sistemas sociais dos povos, parece construir, igualmente no caso de Cabinda, um importante complemento do conjunto de referências culturais e linguísticas que facilitaram a fixação de muitos cabindas nos países vizinhos, contribuindo, assim, par o reforço das relações socioeconomicas na região algumas fontes apontam para a existência de 300 000 habitantes, quer no território de Cabinda, que nas regiões limítrofes.

Embora integrada no grande grupo etnolinguístico Kikongo, que se estende também a outras províncias de Angola, em Cabinda registam-se pequenas diferenças de dialetos entre as várias zonas do seu território, sem que tal constitua, no entanto, um entrave à sua unidade, antes parecendo indicar a origem comum dos vários povos que habitam toda esta área.

Província do segundo maior país e dos mais dotados em riquezas naturais da África Austral, Cabinda é hoje um dos principais pólos de desenvolvimento de angola, podendo ainda vir a desempenhar, para o conjunto da religião em que se insere, um nícleo de dinamização importante na atração de investimento externo e na melhoria das condições de vida da sua população.

Religião Tradicional

A religião é definida de maneira sinplista a parte de três elementos, “jojogma”, “culío” e “clero”. Existe uma certa aproximação, neste contexto, no que os missionários vieram encontrar em cabinda no séculos XVI.

Poder se-lhe à chamar animismo, enquanto se considerar as coisas dotadas de espiritos capazes de influir nos acontecimentos naturais e sociais; feiticios enquanto a restação de culto a imagens e outro objetos, embora o poder dos feitiços lhe não adviesse da própria natureza mas sim congregação dos “sacardotes do culío”.
A religião tradicional em cabinda da estabelece uma estreita ligação entre a crença e a vida, daí a sua enorme importância na sociedade, esxiste uma scande puralidade e divindades, mais importantes que outras.

Na religião tradicional não se distingue com nitidez da mentalidade do europeu, o mundo das coisas profanas do universo das coisas divinas, ou seja as realidades visiveis das invisiveis ligados à propagação da espécie e sobrevivência dos individuos. Não obstante uma imtensa ação micionaria de séculos, as velhas crenças continuaram a minifestar-se n vida cotidiana dos povos de cabinda, juniadente cor praticas cristãs.

Proveniência do nome Cabinda

A partir do século XVI, principio do século XVII que o nome de Cabinda começou a aparecer. Tem como origem com o dignitário Binda, ascendente da famalia real foi-lhe concedido o titulo vitalício de mafuka, com cargo de intendente becal do comércio do ceino, comércio. Tinha como principal responsabilidade cobrar impostos, aos navegadores europeus que desembarcavam na costa de Cabinda para reabastecimento.

De tanto se falar de Mafuka Binda, e porque os colonizadoires tinham dificuldades em pronunciar nomes locais, omitindo por vezes certas culturais, daí, a junção da cultura silaba de mafuka com Binda (mafuka kabinda), dando assim origem ao topónimo kabinda.
(mafuka – mafu – kabinda).

Crença

O tesia (Kutesia, kutesi-nanga) é mais uma especialidade de certos adivinhos do que de certos Nkisi.
Kutesia – manga, procurar aquele que comeu alma de um outro, para lhe dar veneno nkasa.
A arte de curar é também um predicado deste ou da quele nganga (quibandeiro) e não deste ou daquele nkisi, a não ser no sentido negativo: o nkisi que torna alguém doente também pode curar, uma vez que, obediente ao sortilégio do senhor, ou cedendo perante uma força superior, se retira.
Distinguem muitissimo bem entre Nganga-Nkisi, o Sacerdote do Nkisi e o Nganga- Meza, o Sacerdote das folhas, o curandeiro, (usando, quase sempre folhas medicinais).

Nzambi-Mpungu

Criou todas as coisas visiveis e também os entes que, por sua natureza, são invisiveis: as forças da natureza e os bakisi de toda a espécie. E como ele, Nzambi, habita muito alto, muito lá para cima deste mundo, não se ocupa dos seres humanos a não ser para lhes conceder alguns raros benefícios e para os chamar a ele. É, portanto, de muito boa “politica” honrar sobretudo os “Bakisi-Banene”, espiritos protetores, e também os de menor influência, com um culto de interesse onde predomina o medo de mais influências, cupidez e desconfiança. Nzambi-Mpungu é, pois, o ser supremo, absoluto, bom, é supremo criador de tudo o que existe fora dele. Delega, os seus poderes a causas segundas.

Bakisi – Basi

Vêm logo a seguir a Deus, mas sempre dependentes da sua soberania. São seres transcendentes, como que semi-deuses incarnando as forças do universo e dando a fecundidade à natureza inanimada e ao homem. São estes “grandes”, os Bakisi-Basi que regem o mundo dos primitivos, as suas instituições públicas e, em parte, até a vida privada. Da parte dos Bakisi-Basi, tem-se sempre ajuda e proteção asseguradas, mas precisa-se que os homens os horrem, observem os seus tabus.

Bakisi-Basi

Espiritos da terra, do sol, da região, de cada fundador e chefe de clã, por intermédio de um nganga (quibandeiro) especial “ad hoc delegatus”, que tinha a seu cargo inaugurar (e inventar) o seu proprio Nkisi-Nsi para presidir aos interesses da terra que acabava de tomar e ocupar.

Estes “espíritos – mães” a lisiadas divindades dos cabindas, na maioria fêmeas como sinal de proliferação) mais do que conhecidos por todos os clâs do enclave de Cabinda em geral, ainda que com nomes diferentes, por vezes, parecem ser muito antigos, mais antigos do que a própria população, pois teria sido trazidos pelos primeiros emigrntes conhecidos.

Estes Bakisi-Basi não têm o seu habitante numa estatueta ou num idolo, vivem na terra, na água das lagoas, especialmente, nas rochas ou têm o seu santuário nas florestas.
O culto ao Banki-Nsi parece ser a manifestação principalmente dos sentimentos religiosos das populações Bakongo, Bawojo, Baluango, Basunay, Bavily etc…

Este culto regulava, e ainda hoje se sente a sua influência, toda a vida social e familiar. Basta que se volte a ver o que os cabindas dizem sobre as leis da sereia “Lusunzi”.