Esforços empreendidos pelas professoras Renata Gonçalves(Coordenadora do Projeto), Joana Barros, Magnus Régios Dias da Silva(Pró-Reitor adjunto de Extensão e Cultura), e Yara Ferreira Marques, secretária da Proec, foi publicado Editais para o processo de inscrição que dura de 14/8 à 21/8, tornando pública a abertura de seleção de bolsistas para atuarem no projeto de Mapeamento das Comunidades Tradicionais de Matriz Bantu na Região Metropolitana de São Paulo, para cargos/funções: Assistente de Coordenação, Assistente Estatístico e de Geoprocessamento, Apoio Técnico, Estudantes Bolsistas, Extensionistas e Pesquisadores Sociais, que objetiva inventariar terreiros de candomblé de feição Bantu na cidade de São Paulo. O projeto é fruto da iniciativa do Instituto Latino Americano de Tradições Bantu (ILABANTU) e o Terreiro de Candomblé Inzo Tumbansi, em cooperação com a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de São Paulo e Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB/UNIFESP), viabilizado por emenda parlamentar da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL/SP).
O perfil para candidatos ao processo seletivo dos editais é que tenham experiência teórica ou prática relacionadas às culturas de matriz africana: Direitos Humanos e direitos dos povos e comunidades tradicionais; Racismo estrutural e racismo religioso; Epistemologia e saberes africanos.
O ILABANTU, nos últimos anos, vem desenvolvendo uma ação de conhecimento e preservação das línguas Bantu, que reflete a organização de uma filosofia do ser humano, da coletividade humana e da relação destes com a natureza e o universo. Embora os Bantu tenham sido os primeiros a atracarem no país, são ainda pouco conhecidos pela maioria da população brasileira. Desconhecimento que está atrelado ao racismo com relação às culturas africanas e afro-brasileiras, o que, por sua vez, contribui com o crescimento da intolerância religiosa. Tornam-se urgentes as ações que promovam a democracia e o fortalecimento político dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana no Brasil.
Este projeto pretende oferecer uma pequena, mas não menos importante, contribuição para a criação de uma rede das Comunidades Tradicionais de Matriz Africana na cidade de São Paulo, por meio da elaboração de um aplicativo de coleta e de alimentação de dados em um site de georreferenciamento. Neste sentido, o projeto se justifica pela necessidade de preservar um importante patrimônio imaterial, podendo ainda atuar em defesa da coletividade e de entes públicos e privados, coibir danos causados por preconceito, discriminação e por toda forma de intolerância correlata, garante a coordenadora do Projeto, professora Renata Gonçalves.
Com a execução do mapeamento, busca-se, ainda, conhecer a distribuição socioespacial destas comunidades tradicionais de acordo com a localização geográfica, fundadores e lideranças, diversidade cultural (nações) e situação fundiária, visando especificamente aprofundar o conhecimento sobre a realidade das religiões de matriz africana. Além disso, pretende oferecer subsídios georreferenciais para elaboração de políticas públicas e realizar o georreferenciamento dos territórios. Permeia o projeto, a construção de um acervo acerca das religiões de matriz africana no município de São Paulo.
Por fim, o projeto considera fundamental garantir um espaço para a promoção de um seminário para a apresentação do inventário e elaborar um guia de referência do trabalho realizado para que a metodologia e resultados alcançados possam ser replicados em pesquisas posteriores. Um trabalho que contribui para as políticas de promoção da tolerância religiosa e do respeito às comunidades de povos tradicionais de terreiro.
Acessar: https://www.unifesp.br/reitoria/proec/editais
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