Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana em São Paulo Motumbá: Memórias e Existências Negras

Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana em São Paulo Motumbá: Memórias e Existências Negras

“Comunidades Tradicionais de Matriz Africana Territórios ou Casas Tradicionais constituídos pelos africanos e sua descendência no Brasil, no processo de insurgência e resistência ao escravismo e ao racismo, a partir da cosmovisão e ancestralidade africanas, e da relação desta com as populações originárias e com o meio ambiente. São espaços públicos ou privados caracterizados pela vivência comunitária, pelo acolhimento e pela prestação de serviços à comunidade, pela relação sustentável com o meio-ambiente, onde estão preservados também práticas tradicionais alimentares e de saúde.”

I Plano de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana

Realizada pelo Sesc Belenzinho com a co curadoria de João Nascimento (Cia Treme Terra) a mostra Motumbá: Memórias e Existências Negras traz uma centena de cursos, apresentações e oficinas com o objetivo de valorizar as matrizes africanas em nosso país.

Dente elas, o Percurso: Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana que visa fazer os participantes conhecerem e vivenciarem a cultura dos povos tradicionais de matriz africana para além da relação com o sagrado a partir dos conceitos identitários contidos no Plano de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana da Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais – SECOMT da então SEPPIR do Governo Federal.

Além da relação com o sagrado negro as comunidades tradicionais de matriz africana são nascedouros de variadas expressões como o Samba, Afoxé, Maracatu, a Alimentação, entre outras. Ao longo do tempo, o racismo tenta cortar – e as vezes consegue – o cordão umbilical entre estas comunidades e a sociedade. Divulgando amplamente que um candomblé só possuí os orixás, voduns e nkises. São outros caminhos que este percurso quer trilhar, indicando a presença da circularidade, ancestralidade, identidade, oralidade na arte e cultura negra brasileira.

Em janeiro o Percusos dos Povos e Comunidades tRadicionais de Matriz Africana da Mostra Motumbá percorreu o Museu Afro-Brasil junto com o Prof. Dr. Vagner Gonçalves da Silva e foi ao Povo Yorùbá – Ilé Ìyá Mi Òsun Muiywa e o Afoxé Omo Dada com Mãe Wanda de Osun.

Neste mês é a vez do Povo Bantu – – Nzo Tumbansi / Instituto Latino Americano de Tradição Afro Bantu – ILABANTU e o Samba

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no 1o pavimento do Sesc Belenzinho a partir do dia 02/02 às 14 horas.

Serviço:

Dia 18/02/2017 (sábado)

10h às 12h – Roda de Conversa com Tata Nkisi Katuvanjesi (Walmir Damasceno) sobre o povo bantu e seu território tradicional o Inzo Tumbansi [Realizada no Sesc Belenzinho]

13h30 – Saída com destino à cidade de Itapecerica da Serra para visita ao Instituto Latino Americano de Tradição Afro Bantu – ILABANTU. Roda de Conversa com Taata Arthur Mambulekwala sobre o Samba e suas relações com o povo bantu e vivência com Samba de Raiz.
Obs: Almoço não incluso

Link da Programação

Sesc Belenzinho
Rua Padre Adelino, 1.000, Belenzinho SÃO PAULO | CEP: 03303-000
http://www.sescsp.org.br/

Texto: Pedro Neto
Foto: Fernanda Procopio

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