Derrubar Jair Bolsonaro e seu governo de ataques à cultura tradicional africana

Derrubar Jair Bolsonaro e seu governo de ataques à cultura tradicional africana

Derrubar Jair Bolsonaro e seu governo de ataques à cultura tradicional africana

Fruto de uma eleição antidemocrática, que cassou o direito do ex-presidente Lula (PT) de ser candidato e ocorreu no meio de um processo de golpe de Estado, o governo de Jair Bolsonaro mostrou, em seus mais de dois anos de existência, que veio para aprofundar a política de ataques contra o povo brasileiro.

A violência aumenta na cidade e no campo e atinge brutalmente a população negra brasileira, historicamente explorada pelas classes dominantes locais. A perseguição contra as culturas tradicionais de matrizes africanas, como o candomblé e umbanda, deu um salto extraordinário e um clima de intensa violência atinge os adeptos da espiritualidade e da ancestralidade negra. Veja as posições do capitão do mato, presidente da Fundação Cultural Palmares, autárquica do Governo Federal.

Não é que antes não houvesse perseguição, violência e preconceito contra povos tradicionais de Terreiros, mas, com o golpe de Estado de 2016 e sua consequência eleitoral, que levou Bolsonaro ao poder, a extrema direita brasileira levantou a cabeça e ficou mais livre para atuar contra terreiros de candomblé e umbanda, seus líderes culturais e seus integrantes.

Ameaçados por capangas fascistas e milicianos, líderes espirituais estão sendo obrigados a fechar seus terreiros e abandonarem suas casas para fugir dos ataques físicos, das invasões e do vandalismo. Famílias inteiras têm sua sobrevivência lesada.

Enquanto isso, a polícia – e, portanto, o Estado – não apenas é conivente com a situação, como muitas vezes prejudica a apuração de crimes cometidos contra os membros das culturas tradicionais africanas. Delegados se negam a registrar boletins de ocorrência e, quando abre-se algum termo para investigação, nunca avança da apuração.

Caso recente que vale ser destacado é o ocorrido no entorno de Brasília durante a perseguição da polícia do Goiás, estado dominado por latifundiários fascistas (como o governador Ronaldo Caiado, da UDR, assassina de Sem Terras), ao suposto assassino em série Lázaro Barbosa, executado a sangue frio pelas forças de repressão. Durante a caça, integrantes da polícia invadiram terreiros de candomblé e, com o uso da força, intimidaram quem estava presente.

Neste sentido, percebe-se que, longe de um regime democrático, o Brasil se encaminha para uma ditadura fascista, com cada vez mais membros das Forças Armadas no controle do regime político. Naturalmente, as culturas tradicionais de matrizes africanas só têm a perder com isso e, portanto, é preciso resistir contra o avanço da extrema direita.

Como comprova a experiência, por mais que seja necessário atuar em todas as frentes, o caminho das instituições não irá resolver o problema; ficou claro com a recente viagem do vice-presidente, general Hamilton Mourão, a Angola que o Estado brasileiro tem servido como instrumento de negociação para favorecer os interesses dos neopentecostais, como a multinacional brasileira da fé – Igreja Universal do Reino de Deus, do bolsonarista Edir Macedo.

É preciso ir além disso, unindo forças com as grandes organizações de luta do povo brasileiro, como a CUT, o MST e outros movimentos sociais que também têm sofrido com as agressões da extrema direita, em sindicatos, em assentamentos sem terra, em ocupações de moradia etc. Ademais, buscar apoio nos partidos da esquerda que controlam essas organizações e lideram o movimento de luta por “Fora Bolsonaro”. Apenas com essa união será possível colocar com urgência a pauta das culturas tradicionais africanas em debate entre amplos setores combativos e, assim, criar um amplo movimento para derrotar a extrema direita e o governo.

2 thoughts on “Derrubar Jair Bolsonaro e seu governo de ataques à cultura tradicional africana

  1. Nilo Ivan

    Com certeza, tudo que vem acontecendo é orquestrado pelo imperialismo estadunidense em nome do capital e do lucro. E citando aqui Malcolm X “não é possível haver capitalismo sem racismo”. Que situações como as citadas na postagem sirvam de combustível para travarmos a luta de classes, nos empenhar cada vez mais no trabalho de base, para que um dia possamos superar o modo de produção capitalista, que nos torna alvos da violência branca, que mata e destrói tudo que é negro ou venha da África.

  2. Reinaldo Ricci Neto (Kassumbenganga)

    Aristocrata safado sem vergonha,pilantra e ladrão,
    Derrubou o Lula pq não tinha capacidade de ganhar nas urnas
    Aí usa a palavra de Deus para os hipócritas acreditarem que o diabo e um anjo,,,a raça mas safada q conheço são esses evangélico,,,gente q não presta e acha que Deus vai salvar a alma deles ,coitado vão virar um bando de kumburucu,, vagando na terra.

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