Religiosidade e Saberes TradicionaisNZO TUMBANSI TWA NZAAMBI NGANA KAVUNGU ITAPECERICA DA SERRA – SP ApresentaçãoNossas origensSomos uma casa que se esmera em manter suas raízes, raízes herdadas de Thuenda Dia Nzambi – Maria Genoveva do Bonfim, também conhecida como Maria Nenê, que recebeu como herança, de seu iniciador Roberto Barros Reis, um africano de Cabinda, o atual Unzó Tumbensi, estabelecido a rua Nossa da Conceição, 206-E, bairro Beirú-Tancredo Neves, em Salvador-Ba. Hoje sob a direção de sua herdeira espiritual e sobrinha carnal, de Thuenda Dia Nzambi, Senhora Gereuna Passos Santos, dijina Lembamuxi, e que é a Nengua atual da casa, a qual vem administrando espiritual e materialmente com muita propriedade. ReligiosidadeEntendemos por religiosidade toda pratica da fé e de suas manifestações populares. Por outro lado entendemos a religião como pratica política regimentada por crenças e dogmas. Saberes Tradicionais no Candomblé de AngolaSaberes afinsTradição oral: relatos orais de mitos relacionados aos Mukichi, antigos sacerdotes e entidades; O que é um Nkisi
O Nzo Tumbansi Twa Nzaambi Ngana KavunguPráticas tradicionaisNo Nzo além de cultuarmos divindades de origem bantu, como Nkosi, Katende, Mutaloombo, Ndanda-Nlunda, Nsumbu, Kavungu, Kingongo, Kitembu (Tempo), Nvunji, Uambulu Nsena, Kaiongo, Kapanzu, Nzumba, Kuk`etu, Kaité, Samba Kalunga, Kaitumba, Ngangalumbanda, Nlemba, Nkasuté, temos em nosso cotidiano diversas praticas litúrgicas como: plantio e colheita de ervas, refeições servidas a comunidade religiosa e extra religiosa, aconselhamento através das entidades (caboclo/marinheiro) e orientações através do jogo de búzios (kassueto e sanburá). Jipangu Malunda Bantu (Rituais)Muanguna uá kisaba: Rito de separar folhas Praticas e RituaisKakuinhi Iéia mivu: Décimo quarto aniversário “Somos bantu ?”Manutenção das OrigensO Nzo Tumbansi não aceita inovações, não coloca em seus rituais nada que seja estranho à cultura bantu, principalmente à cultura bakongo (grupo etnolinguístico congo). No entanto entende que o Candomblé brasileiro, seja de que nação for, é uma criação brasileira e como tal deve permanecer. Não somos africanistas e sim candomblecistas. No entanto, tem procurado com afinco livrar-se de rituais e discursos alheios à nação de congo-angola, buscando aquilo que realmente é de origem bantu e eliminando de seus rituais, públicos ou privados, elementos alienígenas a sua cultura, que é de extrato bantu. Luta com afinco e denodo contra a miscigenação entre nações, pois entende que o candomblé de congo-angola vem de uma cultura rica e extraordinária, não necessitando nem da língua, nem dos rituais, ou das vestimentas de outros grupos religiosos. Busca incessantemente uma identidade própria de angoleiro, procurando livrar-se de toda e qualquer influência de outros segmentos religiosos, sejam eles quais forem. Manutenção da vidaAs práticas do candomblé de Angola se preocupa com a manutenção da vida, não somente do seu grupo de seguidores, pois sendo uma crença ancestral que não prega moral, e sim respeito as tradições, o candomblé atende todos aqueles que nos procuram com as portas abertas, independente de idade, raça, credo ou opção sexual. Adereços com elementos artesanais, não industrializadosAo recolhimento cada mona nkisi, ou seja, cada filho de santo aprenderá confeccionar seus fios de conta, Mukangê (mascaras das entidades), assim como, todo material usado segue uma tradição artesanal, na utilização de palhas, sementes, conchas, tecidos de forma natural, onde o elemento humano se afasta de alguns utensílios modernos manufaturados, no sentido de voltar a África como traço de ancestralidade e tradição. Nossas origens em busca do patrimônio nacionalDevemos agora, pedir a ajuda de órgãos competentes em ajudar-nos a investigar a biografia de um dos mais importantes fundadores da tradição banto em terras brasileiras, nosso fundador, Roberto Barros Reis e de nossa Matriarca Maria Nenê, assim como as primeiras casas de feição bantu fundadas na Bahia e no Recôncavo. Conclamamos os historiadores e os estudiosos de cultura a se empenharem nesse trabalho, já que as outras nações já encontraram pesquisadores interessados no assunto. Possivelmente, um trabalho de investigação de base histórica e antropológica para podermos trazer à luz da ciência as verdades que ainda permanecem escondidas aos olhos do povo-de-santo angoleiro, espalhados pelo Brasil e do público em geral. Pois o candomblé de Angola também faz parte do patrimônio da cultura nacional brasileira, assim, certamente descortinaremos parte da nossa cultura, cultura essa afastada propositalmente dos bancos escolares já que encontramos marcas dialetais e linguísticas espalhadas de norte a sul, que falam e reproduzem termos lexicais, fonéticos e regionais das línguas bantu que de certa forma afastaram a língua portuguesa praticada no Brasil da língua portuguesa escrita e falada em Portugal. Descobrir tais evidencias como a biografia de lideres importantes da resistência negra no Brasil, é de certa forma, introduzir ao negro contemporâneo a autoestima de seus aportes étnicos que construíram uma nação hibrida e forte como a nossa. KIAMI KWA ENIOSO NZAAMBI WUTUKWAATESA! |