Maior colecionador de arte contemporânea africana confirma visita ao Nzo Tumbansi

Detentor da maior coleção de arte contemporâneo Africana, o empresário Sindika Dokolo, que é casado com a bilionária africana, Isabel dos Santos, filha do atual presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, enviou comunicado hoje (22/6) ao Taata Katuvanjesi (Walmir Damasceno), coordenador geral do ILABANTU e dirigente tradicional do Nzo Tumbansi, confirmando sua visita ao Terreiro de candomblé de feição bantu-kongo dia 12 de outubro deste ano. É a primeira vez que o Congolês-Angolano visitará uma Comunidade de Povos Tradicionais de Matriz Congo-Angola, o terreiro de candomblé Nzo Tumbansi, espaço sagrado de culto a ancestralidade africana bantu-kongo na diáspora.

Com a confirmação oficial da visita do empresário e colecionador de arte, Sindika Dokolo, ao Ilabantu e Nzo Tumbansi, o terreiro precisará mobilizar a partir de agora seus membros e seguidores de todo pais e exterior a fim de reorganizar o espaço, dada a importância da visita, disse a Koota Kitamazi N’ganga, a médica Eunice Bernardes, de Mutaloombô, presidente do Conselho de Ministros da instituição.

Colecionador de arte

Sindika Dokolo começou com a idade de 15 anos para construir uma coleção de obras de arte. Em entrevista com a televisão angolana TPA, ele disse que seus pais gostavam muito da arte: sua mãe lhe fazia visitar todos os museus da Europa e seu pai era um colecionador de arte Africano clássica grande.

Sindika Dokolo idealizou a Sindika Dokolo Foundation para promover festivais artísticos e culturais. Sua missão é construir um centro de arte contemporânea em Luanda que não só serve para expor obras, mas também a incubação de artistas locais e internacionais. Sua coleção de arte, a coleção Dokolo reúne 5.000 obras de arte assinadas por vários artistas. Sindika diz que sua relação com as artes não está a ser reconhecido como um grande colecionador, mas sim “mostrar artistas africanos no mundo.”

A fim de expor a produção artística contemporânea pública Africano, Sindika Dokolo levou sua coleção em Luanda, em eventos regulares, especialmente com a Trienal de Luanda. A Fundação Sindika Dokolo é responsável pela participação do primeiro Pavilhão Africano na Bienal de Veneza em 2007.

Em dezembro de 2013 Sindika participou da abertura da VII Bienal de São Tomé e Príncipe, exposição internacional de arte neste país, que exibiu as obras de arte de Sindika Dokolo Foundation.

Em uma entrevista com o jornal de Negócios português, o colecionador de arte falou sobre sua coleção e acredita que “a vantagem de cenário artístico contemporâneo Africano é fornecer uma perspectiva sensível e inteligente de um continente em mudança”. Na mesma entrevista, Dokolo salientou que “em termos demográficos, em 2050, haverá 25% mais africanos do que os chineses, e economicamente estamos testemunhando uma croissement econômica estrutural do continente Africano”, aspectos que ele, vai projetar o continente Africano no futuro.

Quem é Sindika Dokolo

Sindika Dokolo nasceu em 16 de maio de 1972 em Kinshasa, capital da atual República Democrática do Congo, antigo Zaire. Ele foi criado na Bélgica e na França por seus pais junto com suas duas irmãs e irmãos. Sindika Dokolo frequentou o Lycée Saint Louis de Gonzague (Paris, França) do qual se formou. Ele então estudou economia, comércio e línguas estrangeiras na Universidade Pierre et Marie Curie de Paris VI. Iniciado por seu pai, Sindika Dokolo iniciou uma coleção de arte quando tinha 15 anos.

Ele decidiu deixar a França em 1995 para se juntar a seu pai no Congo e ser apresentado ao grande negócio familiar. Sindika e seu pai ficaram enquanto todos estavam saindo do país. Prosperaram seus investimentos e seus esforços para desenvolver o Congo. O país entrou em colapso e sua atividade não poderia sobreviver. Augustin Dokolo morreu em 2001 e Sindika tomou em consideração o negócio familiar. Ele agora mora em Luanda, Angola, com sua esposa e filhos. Seu negócio congolês está florescendo e Sindika continua sendo um congolês patriótico. Ele frequentemente passa o tempo em Kinshasa, onde dirige o negócio familiar.

Empresário

Instalado em Luanda desde 1999, juntou-se as funções de empresário, agente cultural e presidente da Fundação Sindika Dokolo. Tem várias empresas em Angola.

A Fundação Sindika Dokolo

A Fundação Sindika Dokolo desenvolveu nos últimos anos uma política cultural responsável e consciente contextualizando e produzindo instrumentos e mecanismos culturais, económicos e políticos, para o desenvolvimento da arte contemporânea africana.

A criação da Sindika Dokolo Coleção Africana de Arte Contemporânea, a sustentação do movimento cultural em Luanda, a produção da Primeira Trienal de Luanda e a concepção e materialização do primeiro pavilhão africano na 52ª Bienal de Veneza, tornaram-se fatos culturais sem precedentes no contexto africano e mundial. Nesta perspectiva, revela-se urgente a criação de um espaço com o propósito cultural multidisciplinar, para permitir a continuidade do movimento e das ações artísticas em Luanda e em angola, com o intuito de desenvolver uma estratégia com outras cidades e nações africanas e um network e parcerias com instituições internacionais.

Por considerarmos vital a reflexão, a historicidade e a cientificação da estética africana engajamo-nos a participar na coesão dos parâmetros que definem a alma e a estética angolana e africana.

Fundação Sindika Dokolo, instituição de carácter técnico, científico, cultural e social, sem fins lucrativos, deseja “partilhar com o ILABANTU e Nzo Tumbansi e convosco, o Taata Katuvanjesi, do mesmo propósito, pois consideramos relevante a necessidade do acesso ao conhecimento sobre os códigos, o pensamento filosófico, a alma e a estética africana (ancestral e contemporânea) e a sua presença no mundo, para que possamos contribuir para um contínuo reajuste Histórico civilizacional, o equilíbrio e a construção humanista dos seres.

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