A crise da identidade cultural

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Joselito Conceição Taua

A miscigenação com outras culturas causou uma crise dentro da nossa cultura Kongo/Angola, as conseqüências da referida miscigenação, continuam a dominar grande parte das mentes de muitos adeptos da cultura bantu no Brasil. Temos que admitir que hoje muitos ainda desconheçam a importância da cultura trazida pelos bantu chegada ao Brasil muito antes das demais etnias que aqui se encontram.

Possivelmente a falta de conhecimento de seus sacerdotes, ou ainda o propósito de negar conhecimento a seus iniciados proporcionou o desinteresse de vivenciarem a praticidade e de não querer saber a verdadeira historia de sua cultura, então não conhecem o valor da identidade Kongo/Angola, as vezes adaptam a identidade de outros cultos esquecendo nossa própria identidade e os princípios da nossa cultura.

Um angoleiro que não sabe valorizar a sua cultura, mas sim a cultura adaptada, um angoleiro que sente o receio de se apresentar como angoleiro temos que admitir, é um falso angoleiro.

Salientando que não vai aqui nenhuma critica a quem quer que seja, apenas o desejo de juntarmos conhecimentos para o nosso bem estar já que as fontes de informações como as de Tata Kikuiza, Laman, Fu-kiau, Tata Xaxue (Cadu) quem é do Tumba Juçara do Rio de janeiro sabe de quem estou falando, Tata Nlundi, Sergio Adolfo, convém salientar a importância do livro intitulado: “NKISSI TATA DIÁ NGUZU” escrito pelo Prof. Sergio que ao meu ver significa contribuição e enriquecimento para o candomblé Kongo/Angola, Valter de Nkosi, Reverendiangoma (dedé), José Redinha, Isaki Nsemi, Tito Makundo, Timotio Babutidi, Thomas Demvo Robert Farris Thompson, Joselio França (Luandeguzu), Carlos Serrano, Liana Trindade, me permito citar aqui o incansável trabalho de Walmir Damasceno (Tata Katuvanjesi) e etc., contribuições que nos fortalece e nos faz crer que muito ainda tem por vir.

Não poderia deixar de citar aqui o trabalho da memorável Mametu Mabeji a qual vem mantendo com muito brilho os costumes e critérios do Terreiro Kupapa Unsaba fundado pelo Sr. João Lesenge, iniciado no primeiro barco do Sr. Manoel Bernardino em 1929.

Caso tenha citado algum nome que tenha criticado o meu trabalho, isso não me dar o direito de omitir sua contribuição a cultura bantu aqui no Brasil. Vivenciando essa cultura desde os anos 50, sou contra qualquer tipo de profanação, assim não me permito expor nada adquirido no restrito, porém posso citar as fontes de de praticidade que vivenciei.