Ex-perita da ONU Mireille Fanon-Mendès-France vem ao Brasil para conferência em Terreiro de Candomblé

Para participar do Seminário Internacional – As Culturas de Matriz Africanas frente ao colonialismo contemporâneo que acontecerá de 8 a 10 de fevereiro, a Rodovia Armando Salles, 5205, Recreio Campestre, na cidade de Itapecerica da Serra, região da grande São Paulo, desembarca em São Paulo nesta quinta-feira, dia 7, Mireille Fanon-Mendès-France, professora da Universidade Paris Descartes, e professora visitante da Universidade de Berkeley (Califórnia, EUA).

Nomes famosos no ativismo dos direitos humanos e da luta antirracista do Brasil, África e Europa marcará presença no ILABANTU – Nzo Tumbansi e uma das destacadas figuras na luta antirracista, convidada especial do evento, Mireille Fanon-Mendès-France, filha do lendário psiquiatra e ativista Frantz Fanon, consultora jurídica, ex-perita da ONU, coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Pessoas Afrodescendentes; e está prevista a presença do Príncipe Serge Guezo, descendente do nono Rei do Daomé, atual Benin. Quem também tem presença confirmada no Seminário é o Babá Rodney William, de Oxóssi, Antropólogo e escritor; Djamila Ribeiro – Mestre em Filosofia Política, feminista e pesquisadora.
A sexta será reservada para a abertura a partir das 19h00 pelo Taáta Katuvanjesi – Walmir Damasceno – coordenador Geral do ILABANTU – Representante para América Latina e Caribe do Centro Internacional das Civilizações Bantu (CICIBA) e demais lideranças tradicionais de matriz africanas presentes.

Até às 21h00, se discutirá sobre a importância da preservação das tradições africanas diante da modernidade colonial, em mesa composta pela Kota Sualankala, de Nzazi, Professora e Historiadora baiana Ana Amélia Santos Cardoso, do centenário Terreiro do Bate Folha – coordenadora regional Nordeste do ILABANTU/Salvador-Bahia; Makota Natalia Gondim – Terreiro de Candomblé de Santa Bárbara, de São Paulo; Mam`etu Oya Sivanju Anna Lúcia – Kilombo Ua Dilenga Sivanju – SP; Mam`etu Kutala Diamuganga – Katia Luciana de Matamba – Abassá Oxum Oxóssi(São Paulo); Vereador Toninho Véspoli – Câmara Municipal de São Paulo.

“Vivemos tempos em que o cenário político se apresenta como não favorável às práticas religiosas de matriz africana e por isso se faz necessária a contínua reafirmação e a manutenção de memória e identidade das comunidades tradicionais de terreiro, ou seja, precisamos (re)existir para resistir”, disse Taáta Katuvanjesi, idealizador da ação.
Na programação original, o diretor geral do Centro Internacional das Civilizações Bantu (CICIBA) Antoine Manda Tchebwa, havia confirmado sua presença, mas estará ausente devido a nova agenda política já que assume agora como um dos Ministros do novo Presidente da República Democrática do Congo.

No sábado, dia 9, às 13h00, Babá Rodney William, de Oxóssi, falará sobre os Movimentos Negros e os Direitos Humanos, dividindo a mesa com a Mestre em Filosofia Djamila Ribeiro, que falará sobre o Feminismo Negro e a Descolonização, para em seguida, às 14h00, a conferência magna da convidada especial, a professora da Universidade Paris Descartes, Mireille Fanon-Mendès-France, A descolonização sob a ótica de seu pai, Frantz Fanon. Às 16h00, lançamento do livro: Frantz Fanon: um revolucionário particularmente negro, do professor doutor Deivison Nkosi, da Universidade Federal de São Paulo.

Às 18h00, A Produção de Conhecimento à Serviço da Luta Emancipatória – A Presença Negra em São Paulo e as Religiões de Matriz Africana pelo egbomy d`Ogùn, Renato Kilombola, Mestre em Ciências Sociais – PUC/SP, membro do coletivo Kilombagem. Histórias plurais desde cinematografias de Afro-Latino-Américas pela maganza Ndembwemin Liliane Braga (Doutora em História Social – PUC/SP, Pesquisadora do CECAFRO – Centro de Estudos Culturais Africanos e da Diáspora, afiliada ao Migration and Diaspora Student Society (MDSS), Carleton University (Ottawa – Canada)).

Princípios Civilizatórios de Matriz Africana e o Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana com Pedro Neto (Iniciado no Ilé Àse Pàlepà Màrìwò Sessu – SP, Cientista Social, Produtor Cultural, Diretor da Àgò Lònà Associação Cultural e Consultor do PNUD/ONU de 2015 a 2018).
A partir das 21h00 Roda de Capoeira com a Escola Mutungo de Capoeira Angola – Mestre Zelão e Capoeiristas convidados.

O domingo, dia 10, às 14h00, o Seminário será encerrado com as contribuições africanas à humanidade, com presença e participação de Mam`etu Kutala Diamuganga – Katia Luciana de Matamba – Abassá Oxum Oxóssi, tradicional terreiro de candomblé fundado pela saudosa Mãe Caçulinha, estabelecido no bairro de Cangaiba, Penha, zona leste de São Paulo. Nesta mesa tem ainda confirmada presença de lideranças como Nochê Sandra de Xadantã; Tata Tunda Dya Mpemba – Nzo Matamba Ria Mavile Kongo – SP; Ex-consulesa da França e jornalista Alexandra Loras; professora doutora Renata Gonçalves Renata Gonçalves – Unifesp

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  1. 7th fevereiro 2019 | Nsambu'a Kongo says:
    Viva a comunidade preta. Bom seminário.