Em Laudo Antropológico que recomenda a Prefeitura de Itapecerica da Serra, na grande São Paulo, o Tombamento do Território Tradicional de Matriz Centro-Africana Inzo Tumbansi, Vagner Gonçalves da Silva(foto), professor doutor e pesquisador do Departamento de Antropologia e do Programa de Pós Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (USP), e CERNe (Centro de Estudos das Religiosidades e Culturas Negras), destaca em seus vários aspectos sobre a trajetória e atuação de seu fundador, relevância para a história da presença do candomblé congo-angola em São Paulo, panteão cultuado, arquitetura sagrada, práticas religiosas e ações de cultura e cidadania, características que o balizam para ser reconhecido como bem cultural pelos órgãos de patrimonialização.
O antropólogo, um dos mais prestigiados, cita que atualmente em São Paulo apenas o Terreiro de Santa Bárbara, fundado por Mãe Manaundê, está tombado pelo Condephaat, tornando-se imprescindível que outras casas dessa matriz congo-angola sejam reconhecidas pelo seu legado espiritual, valor cultural e resiliência numa sociedade marcada pelo racismo e desigualdade étnico-social que acomete preferencialmente as populações afrodescendentes.
O Inzo Tumbansi pelo papel de liderança nacional e internacional que desempenha na organização desse legado afro-atlântico desponta como uma instituição merecedora desse reconhecimento por meio do tombamento e registro como bem material e imaterial em âmbito municipal e estadual. Nesta terça-feira (25/8), Taata Nkisi Katuvanjesi fará e entrega formal do Requerimento e do Laudo Antropológico ao Secretário de Planejamento e Meio Ambiente, advogado Claudio Silvestre Rodrigues Júnior, que responde interinamente pela Secretaria de Assuntos Jurídicos da Prefeitura de Itapecerica da Serra.
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